Um médico foi formalmente indiciado pela prática de feminicídio após uma investigação detalhada da polícia descartar a versão de tiro acidental. As autoridades concluíram que o acusado assumiu conscientemente o risco de matar a vítima, elevando a gravidade do crime.
O caso, que chocou a região de Mato Grosso, teve início quando a polícia foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo. Inicialmente, cogitou-se a possibilidade de um acidente, mas as evidências coletadas no local e os depoimentos colhidos apontaram para uma ação intencional.
Risco assumido: De acordo com o relatório policial, o médico teria agido com negligência grave, caracterizando o chamado 'dolo eventual', quando o autor assume o risco de produzir o resultado morte. A vítima, uma mulher cuja identidade não foi divulgada, não resistiu aos ferimentos.
O indiciamento do profissional de saúde agora segue para a fase judicial, onde ele responderá pelos crimes de feminicídio e posse irregular de arma de fogo. A defesa do acusado ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.
Este caso reacende o debate sobre a violência contra a mulher no Brasil, especialmente quando praticada por indivíduos de alto status social. Especialistas em segurança pública destacam a importância da investigação minuciosa para desvendar crimes complexos como este.
