
Numa decisão que pegou muitos de surpresa, a Justiça paulista negou o pedido de transferência de Cupertino — sim, aquele mesmo que virou notícia nacional após o brutal assassinato de um ator — para o presídio de Tremembé. O lugar, diga-se de passagem, não é qualquer um: abriga alguns dos criminosos mais conhecidos do país.
E olha que a defesa tentou de tudo. Alegou "melhores condições", "reinserção social" — sabe como é, o velho discurso. Mas o juiz não comprou. Na sentença, deixou claro: "Risco à segurança pública". Três palavrinhas que fecharam o caso.
O que pesou contra?
Primeiro, o histórico. Cupertino não é exatamente um "priminho do interior". Condenado a 23 anos, o cara tinha um plano macabro — e executou com precisão de relógio suíço. A vítima? Um ator em ascensão, cheio de projetos pela frente. Brutalidade pura.
Segundo, Tremembé já está com os seus "probleminhas". Lotação crítica, rebeliões recentes... Colocar mais um nome pesado ali? "Temperatura que não precisa esquentar", nas palavras de um agente penitenciário que preferiu não se identificar.
E agora?
Cupertino continua onde está: na cadeia de segurança máxima de São Paulo. Parece que, dessa vez, o sistema acertou. A família do ator — que nunca superou a perda — pelo menos pode respirar aliviada. "É pouco, mas é algo", disse um primo, com a voz embargada.
Enquanto isso, nos corredores do fórum, os advogados já preparam novos recursos. Porque no Brasil, como todo mundo sabe, quando se trata de justiça criminal, a última palavra nunca é realmente a última.