Justiça determina libertação de presidentes de entidades culturais e assessora presos em operação contra lavagem no MA
Justiça liberta presos da Operação Éter no MA

Em uma decisão que movimenta o cenário político e cultural do Maranhão, a Justiça determinou a libertação de três pessoas presas na Operação Éter, que investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro com suspeita de desvio de R$ 200 milhões em recursos públicos.

Quem foram soltos?

Os beneficiados pela medida judicial são:

  • Carlos Henrique Silva de Almeida - presidente da Associação dos Servidores da Fundação Cultural do Maranhão
  • José Ribamar Alves Silva - presidente da Associação dos Servidores da Secretaria de Estado da Cultura
  • Maria dos Remédios Mendes da Silva - assessora parlamentar

Os fundamentos da decisão

O desembargador Lourival Serejo, do Tribunal de Justiça do Maranhão, concedeu habeas corpus favorável aos investigados. Em sua decisão, ele argumentou que:

"Não há nos autos elementos concretos que justifiquem a prisão preventiva dos pacientes, especialmente considerando que já foram cumpridos todos os atos processuais necessários à investigação".

A Operação Éter e as investigações

A operação, deflagrada no último dia 15 de outubro, apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado recursos públicos por meio de:

  1. Contratações irregulares de serviços
  2. Pagamentos de diárias fictícias
  3. Notas fiscais fraudulentas
  4. Empresas de fachada

As investigações indicam que o esquema funcionava há anos e envolveria funcionários públicos e políticos do estado.

Condições para a liberdade

Apesar da soltura, os investigados terão que cumprir medidas cautelares, incluindo:

  • Proibição de contato com outros investigados
  • Comparecimento periódico à Justiça
  • Appreensão de passaportes
  • Proibição de deixar o país

O caso continua sob investigação do Ministério Público do Maranhão, que pode recorrer da decisão de soltura.