Júri Popular Decide Destino de Acusado por Crime Brutal Contra Catador em São José do Rio Preto
Júri decide caso de catador assassinado com 140 facadas

O tribunal do júri de São José do Rio Preto vai enfrentar um daqueles casos que ficam gravados na memória da cidade. Um homem, cujo nome não vou citar aqui por uma questão de ética jornalística - essas coisas de processo penal, você sabe - está respondendo por um crime que, francamente, arrepiou até os mais experientes delegados da região.

A vítima? Um catador de materiais recicláveis. Um trabalhador, desses que a gente vê todos os dias nas ruas, lutando pelo sustento de maneira honesta. E o que aconteceu com ele é daquelas histórias que parecem sair de um filme de terror - só que era a vida real, cruel e sem roteiro.

Os detalhes que chocam

Mais de cento e quarenta perfurações. Parece exagero, né? Mas é o que consta nos autos. Cento e quarenta vezes que uma lâmina atingiu o corpo desse homem que, pelo que se apurou, sequer tinha histórico de conflitos sérios. O que leva alguém a cometer tamanha brutalidade?

O Ministério Público, claro, tem sua versão. Eles afirmam que o acusado praticou homicídio triplamente qualificado - por motivo fútil, meio cruel e usando recurso que impediu a defesa da vítima. Essas qualificadoras, na prática, significam que a pena pode ser bem mais pesada caso a condenação aconteça.

O andamento do caso

O processo já percorreu um longo caminho até chegar ao júri. O defensor do acusado, o Dr. Renato Alves Pereira, tentou reverter essa decisão - alegou ilegitimidade e até falta de justa causa. Mas a Justiça manteve o entendimento de que há indícios suficientes para o julgamento pelos jurados.

E agora? Agora são sete cidadãos comuns - pessoas como eu e você - que vão precisar analisar as provas, ouvir testemunhas e decidir sobre a vida de outro ser humano. Não é uma responsabilidade pequena, convenhamos.

O que esperar do julgamento

O promotor Marcelo Nunes está preparando seus argumentos. Do outro lado, a defesa deve apresentar sua versão dos fatos. E no meio disso tudo, a memória de um trabalhador que teve sua vida interrompida de forma violenta.

Cases como esse sempre me fazem refletir: será que a sociedade está mesmo evoluindo no combate à violência? Ou estamos apenas criando mecanismos para lidar com suas consequências? Perguntas difíceis, sem respostas fáceis.

O julgamento está marcado, os jurados serão convocados, e mais um capítulo da Justiça criminal brasileira será escrito. Resta torcer que, independente do resultado, algum tipo de justiça - ou ao menos de esclarecimento - possa trazer um pouco de paz à família da vítima.