
Um dos casos mais surreais da história do judiciário catarinense vem à tona: um juiz aposentado confessou ter vivido durante 45 anos uma elaborada farsa onde se passava por um nobre britânico. O magistrado, cuja identidade real foi preservada, construiu toda uma persona aristocrática com título de lorde, sotaque afetado e até um brasão familiar fictício.
O desmoronamento da farsa
A máscara começou a cair quando familiares desconfiados contrataram um detetive particular. A investigação revelou que o suposto "lorde" nunca estudou em Oxford como alegava, nem tinha qualquer conexão com a nobreza inglesa. Na verdade, tratava-se de um brasileiro comum de classe média de Joinville.
Justificativa inusitada
Em depoimento emocionado, o ex-juiz alegou sofrer de um "drama existencial profundo" que o levou a criar essa persona alternativa. "Era como se eu pudesse ser alguém completamente diferente da pessoa que realmente era", declarou aos juízes do tribunal de ética.
Repercussão no judiciário
O caso levantou questões éticas importantes:
- Como um magistrado pôde manter essa dupla identidade por décadas?
- Qual o impacto sobre os processos que julgou?
- Haverá revisão de casos sob sua responsabilidade?
Especialistas em direito afirmam que esta pode ser uma das maiores fraudes identitárias já registradas no poder judiciário brasileiro. O Conselho Nacional de Justiça já anunciou que irá apurar o caso com rigor.