
Ela viralizou mostrando o que muitos só veem em filmes. Agora, depois de meses entre grades, a influenciadora digital — que preferiu não se identificar — respira aliviada, mas com um adereço que lembra a todo instante: a liberdade tem limites.
Com uma tornozeleira eletrônica apertando o tornozelo (e a rotina), ela desabafa: "Parece um pesadelo que não acaba. Você acha que saiu do inferno, mas ainda carrega o cheiro de enxofre".
Da tela do celular para a cela
Tudo começou quando seus vídeos mostrando o cotidiano atrás das grades explodiram nas redes. O que era para ser conteúdo "hardcore" virou prova contra ela mesma. A justiça entendeu que aquilo não era apenas documentário — era glamourização do crime.
"Nunca imaginei que mostrar a realidade fosse me colocar nela", diz, com uma risada amarga que não esconde o arrependimento. Entre um suspiro e outro, revela detalhes que fazem qualquer um arrepiar:
- Barulho de correntes às 3h da manhã
- Cheiro de desespero que impregna nas roupas
- O pior de tudo? O silêncio. Aquele que corta como faca
Liberdade vigiada
Hoje, mesmo "livre", sua rotina é ditada por bipe eletrônico. O aparelho — que ela chama de "grilhão moderno" — limita onde pode ir, com quem fala e até como dorme. "Acordo com medo de ter virado de mais durante a noite e disparado o alarme", confessa.
Psicólogos alertam: o trauma pós-prisão é real. E piora quando você carrega um rastreador que lembra a todo instante que a sociedade ainda não te perdoou. "As pessoas pensam que é só um acessório chato. Não veem que é uma condenação social também", desabafa.
Enquanto isso, seus seguidores se dividem entre curiosos e haters. Alguns pedem mais detalhes "sóbrios"; outros acusam de estar fazendo teatro. Ela só espera que sua experiência sirva de alerta: "Na internet, as consequências são tão reais quanto na vida. Só que mais lentas — e dolorosas".