Tragédia em SC: Homem morre ao defender amiga em briga de bar — família questiona atendimento médico
Homem morre ao defender amiga em briga de bar em SC

Era uma noite como qualquer outra em um bar movimentado de Santa Catarina — até que tudo descambou para o caos. João (nome fictício), um homem de 32 anos conhecido por seu jeito pacífico, tentou acalmar uma discussão acalorada entre sua amiga e outro frequentador. Ninguém imaginaria que, minutos depois, ele estaria desacordado no chão, vítima de uma agressão brutal.

Segundo testemunhas, o agressor — que já teria histórico de violência — partiu para cima de João com golpes precisos na cabeça. "Foi tudo muito rápido. Quando percebemos, ele já estava ensanguentado", contou um garçom que preferiu não se identificar.

O calvário da família

O que veio depois foi um verdadeiro pesadelo. A ambulância demorou quase 40 minutos para chegar (numa cidade que tem hospital a 15 minutos dali). No pronto-socorro, a família esbarrou em uma sucessão de erros:

  • Equipe despreparada para trauma craniano
  • Falta de tomógrafo funcionando
  • Demora na transferência para um hospital melhor equipado

"Meu irmão poderia estar vivo se tivessem agido rápido", desabafa Maria (nome alterado), irmã da vítima, com a voz embargada. Ela mostra o relógio: "Foram 2h17 minutos entre a agressão e a primeira tomografia. Isso é inaceitável".

O outro lado da moeda

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde limitou-se a dizer que "todos os protocolos foram seguidos" — resposta que soou como um balde de água fria para os familiares. Enquanto isso, o suspeito continua solto, e o caso agora está nas mãos da Delegacia de Homicídios.

O que era para ser uma noite descontraída entre amigos virou um símbolo de tudo que pode dar errado: violência urbana, sistema de saúde frágil e a sensação angustiante de impunidade. Resta saber se a justiça — lenta como costuma ser — trará algum consolo para essa família destroçada.