
Quase uma década e meia se passou, mas a conta chegou. Nesta quarta-feira (25), um gari que vivia às sombras da lei finalmente teve seu encontro marcado com a Justiça — e não foi nada cordial. A prisão aconteceu em Belo Horizonte, pondo fim a uma fuga digna de roteiro de filme policial.
O sujeito, cujo nome não foi divulgado (afinal, já teve holofotes demais), acumulava desde 2009 uma condenação por agressão. Quatorze anos pulando de endereço em endereço, trocando de emprego como quem troca de camisa — até que a corda arrebentou do lado mais frágil.
Como a polícia achou o foragido?
Pois é, você deve estar se perguntando: como diabos alguém fica tanto tempo sem ser pego? A resposta é mais simples do que parece. O homem trabalhava como gari — sim, aquele profissional essencial que ninguém nota nas ruas — e justamente essa invisibilidade social foi seu maior aliado.
Mas aí entra a ironia do destino: foi durante o expediente comum, varrendo as mesmas ruas que lhe serviram de esconderijo, que os agentes o localizaram. Parece piada pronta, mas não é. A rotina, afinal, é inimiga da discrição.
O crime que começou tudo
Voltando no tempo: em 2009, o agora detido protagonizou uma agressão que, na época, deve ter parecido mais um "caso banal". Só que a vítima não deixou barato — e olha só como pequenas decisões ecoam no tempo. O processo seguiu, a condenação veio, mas o réu... bem, decidiu que não estava a fim de cumprir sua parte.
Quatorze anos depois, a conta chegou com juros. E não adiantou mais se esconder atrás da vassoura e do uniforme laranja.
O que acontece agora?
O cara já está atrás das grades — literalmente. Agora, ele vai ter que responder não só pela agressão original, mas também por todo esse tempo dando sopa para a Justiça. E convenhamos: depois de tanto tempo fugindo, acreditar que sairia ileso era no mínimo... otimismo.
Moradores da região onde ele trabalhava disseram à reportagem que sequer desconfiavam do passado do colega de serviço. "Sempre quieto, cumpridor", comentou um supervisor que preferiu não se identificar. A vida, como sempre, cheia de surpresas desagradáveis.