
Um caso que parece saído de um filme de suspense foi desvendado pela Polícia Civil da Bahia: um homem condenado por corrupção tentou escapar da prisão fingindo sua própria morte. A estratégia, porém, tinha um preço – e não foi barato.
O Plano Macabro
José Damião da Silva, de 63 anos, condenado a mais de 10 anos de prisão por desviar recursos públicos em Camaçari, na Bahia, decidiu que a morte seria sua única saída. Mas não uma morte real – uma morte de mentira.
Segundo as investigações, ele pagou R$ 45 mil para conseguir um atestado de óbito falso. O documento, totalmente fraudulento, foi registrado em Feira de Santana, cidade onde o condenado nem mesmo residia.
A Farsa Descoberta
A trama começou a se desfazer quando oficiais de Justiça tentaram localizar José Damião para o cumprimento da pena. Para surpresa de todos, a família apresentou o atestado de óbito afirmando que ele havia falecido.
As suspeitas surgiram rapidamente. "O atestado apresentava várias inconsistências", revelou um delegado envolvido no caso. "A data do óbito, o local, tudo parecia fora do padrão."
As Investigações
A Polícia Civil iniciou uma investigação minuciosa que revelou:
- O atestado foi emitido por um médico que sequer estava de plantão na data indicada
- Não havia registro do suposto óbito no hospital
- O corpo nunca foi velado ou enterrado
- Familiares se recusavam a fornecer informações consistentes
O Desfecho
A farsa foi totalmente desmontada quando investigadores descobriram que José Damião estava vivendo normalmente em outro estado, usando documentos falsos. Ele foi localizado e preso, agora respondendo não apenas pela condenação original por corrupção, mas também por:
- Falsificação de documento público
- Uso de documento falso
- Favorecimento pessoal
- Charlatanismo
O caso serve como alerta: a Justiça não se engana com certidões de óbito fraudulentas. Como afirmou um dos investigadores, "a tentativa de escapar da lei só aumentou os problemas do condenado".