
O clima em Belo Horizonte ficou pesado esta semana. Um empresário — nome ainda não divulgado — está atrás das grades após a Justiça mineira decretar sua prisão preventiva. O motivo? Suspeita de ter cometido um crime que deixou a cidade em estado de choque: o assassinato de um gari.
Segundo fontes próximas ao caso, tudo aconteceu na região central da capital. Testemunhas afirmam ter ouvido uma discussão acalorada antes do disparo. O que começou como um desentendimento banal terminou em tragédia. O trabalhador, que sequer teve tempo de reagir, morreu no local.
Justiça age rápido
Diferente do que costuma acontecer em casos assim, o judiciário mineiro não perdeu tempo. Em menos de 48 horas após o crime, o juiz responsável pelo caso já havia assinado a ordem de prisão. "As provas eram contundentes", comentou um delegado que preferiu não se identificar.
O empresário, dono de uma rede de lojas na cidade, alega que agiu em legítima defesa. Mas os investigadores não compraram essa versão. "Não havia qualquer indício de ameaça por parte da vítima", disparou um dos policiais envolvidos nas diligências.
Repercussão na cidade
Nas ruas de BH, o caso virou assunto obrigatório. Nos bares da Savassi, nos pontos de ônibus da região leste, todo mundo tem uma opinião. "Isso aí é caso de justiça com as próprias mãos", resmungou um taxista enquanto ajustava o retrovisor.
Já entre os garis, o clima é de revolta. "A gente trabalha de sol a sol pra limpar a cidade, e ainda corre risco de vida", desabafou um colega da vítima, que pediu para não ser identificado. Uma passeata está marcada para esta sexta em frente à prefeitura.
Enquanto isso, o empresário aguarda o julgamento na cadeia. Se condenado, pode pegar até 30 anos. Mas essa história está longe de acabar — os advogados de defesa prometem recorrer da decisão. Fica o questionamento: até quando a violência urbana vai continuar assombrando nosso cotidiano?