
A cena parecia saída de um daqueles dramas policiais que ninguém acredita até ver com os próprios olhos. Nesta quinta (15), a dona de uma clínica de reabilitação em Marechal Deodoro teve os pulsos algemados após um paciente morrer sob seus cuidados. Detalhes? A polícia encontrou indícios de que o local funcionava mais como depósito de gente do que como centro de tratamento.
Segundo fontes próximas ao caso — que preferiram não se identificar —, o paciente, cujo nome não foi divulgado, apresentava sintomas graves há dias. "Era visível a falta de assistência", comentou um vizinho, enquanto ajustava o boné na sombra de um pé de manga. "A galera lá dentro vivia como se tivesse num filme de terror low-budget."
O que deu errado?
Pois é. A investigação aponta falhas grotescas:
- Equipe médica insuficiente para o número de internos
- Medicação administrada sem acompanhamento profissional
- E o pior: relatos de maus-tratos que circulavam há meses no boca a boca da cidade
O delegado responsável pelo caso, em entrevista rápida entre um cafezinho e outro, foi direto: "Isso aqui não é caso de fatalidade, é de irresponsabilidade criminosa mesmo".
E agora?
Enquanto a proprietária responde pelo crime de homicídio culposo (aquele sem intenção de matar, mas com muita negligência), a prefeitura anunciou uma força-tarefa para vistoriar outras clínicas da região. Será que vão achar mais problemas? Duvido pouco — sabe como é esse tipo de negócio, né?
No bar da esquina, o pessoal já especula: "Tá cheio de lugar assim por aí, só esperando dar merda". Cruel? Talvez. Mas depois dessa, fica difícil discordar.