
Não foi um dia qualquer na 4ª Vara do Júri de São Luís. Na terça-feira (5), um veredicto pesado caiu como uma luva para um caso que, convenhamos, já nasceu marcado pela tragédia. Anderson Silva (nome fictício), 38 anos, agora vai encarar 19 anos e 4 meses atrás das grades. O motivo? Matar o próprio chefe a sangue frio.
Detalhe que faz a diferença: o crime rolou em 2022, mas só agora a Justiça fez chover no molhado. A vítima, dono de uma oficina mecânica no bairro do João Paulo, levou facadas que nem um pão francês no almoço de sexta-feira. E o pior? Quem aplicou os golpes foi justamente quem ele pagava todo mês.
O que se sabe até agora?
Segundo os autos — aquela papelada que ninguém lê mas todo mundo cita —, a briga começou por causa de um pagamento atrasado. Ou seria um desentendimento sobre horas extras? O fato é que a discussão escalou rápido, tipo foguete da SpaceX, e terminou com o empregado sacando uma faca de cozinha.
- Local: Oficina mecânica na Avenida dos Franceses
- Data: 14 de outubro de 2022
- Arma: Faca comum, daquelas de cortar carne
- Testemunhas: Dois colegas de trabalho que correram feito barata tonta
Curiosamente — ou não —, o réu sumiu do mapa por quase 48 horas antes de ser achado escondido num pé de manga na zona rural. Quando a PM chegou, ele tava mais sujo que pneu de caminhão na estrada de terra.
E a defesa? Alega que...
O advogado do condenado, um sujeito que já perdeu o sono com casos piores, garante que foi "legítima defesa da honra". Sim, você leu certo. A tese é que o patrão teria xingado a família do funcionário. Só que, entre nós, xingamento não costuma justificar seis facadas no peito, né?
A promotoria, por outro lado, tratou o caso como homicídio qualificado (traduzindo: com requintes de crueldade). E o júri comprou a ideia — 7 votos a 0. Até o juiz, normalmente comedido, soltou um "esse crime envergonha nossa sociedade" antes de bater o martelo.
Enquanto isso, na cadeia... Anderson já começou a cumprir a pena no Centro de Detenção Provisória de São Luís. A família da vítima, mesmo com a condenação, segue sem entender como uma discussão boba virou um enterro antes do tempo.