
Cinco anos se passaram desde a trágica morte de Miguel Otávio, menino de 5 anos que caiu do 9º andar de um prédio em Recife. Sua mãe, Mirtes Renata, não esconde a frustração com a lentidão da Justiça e cobra respostas.
"A dor não passa. A cada dia que o processo se arrasta, a sensação de impunidade aumenta", desabafa Mirtes, em entrevista exclusiva.
O que aconteceu no caso Miguel?
No dia 2 de junho de 2020, Miguel estava sob os cuidados de Sarí Corte Real, então empregada doméstica da família. O menino caiu de uma altura de aproximadamente 35 metros após ficar sozinho no elevador do prédio onde a patroa de Sarí morava.
Andamento do processo
O caso segue em tramitação na Justiça de Pernambuco. Sarí Corte Real responde por homicídio culposo (sem intenção de matar). A defesa alega que foi um acidente, enquanto o Ministério Público sustenta que houve negligência.
Repercussão nacional
O caso Miguel ganhou grande visibilidade no país, tornando-se símbolo da luta contra as desigualdades sociais e a violência contra crianças. Manifestações ocorreram em várias cidades brasileiras pedindo justiça.
"Precisamos de respostas. Cinco anos é tempo demais para uma família que perdeu seu único filho", afirma Mirtes, que criou um instituto em memória de Miguel para ajudar outras crianças vulneráveis.