Caso do Corpo na Mala: Mistérios que Ainda Intrigam a Polícia no RS
Caso do Corpo na Mala: Mistérios que Persistem

Quase um mês se passou. Trinta dias desde que aquele cheiro forte e insuportável levou um funcionário da rodoviária de Porto Alegre a abrir uma mala abandonada e deparar-se com uma cena de pesadelo. E sabe de uma coisa? Apesar de ter um suspeito atrás das grades, esse caso parece saído de um roteiro de filme policial cheio de buracos. A verdade é que a coisa toda está longe, mas longe mesmo, de ser resolvida.

O que realmente matou Sabrina Paiva? Essa é a pergunta de um milhão de dólares. O laudo do IGP-RS, aquele documento que todo mundo espera como se fosse a salvação, ainda não saiu. A Polícia Civil fica nesse vai e vem de "é preliminar", "é inconclusivo", mas a família e a imprensa ficam rodando em círculos. Até agora, o que se sabe é que não havia perfurações no torso – o que, convenhamos, é bem estranho. Como então? E o crânio, meu Deus, onde foi parar o crânio?

O Sumiço que Ninguém Explica

Pois é. A parte mais crucial do corpo, a que poderia dar as pistas mais óbvias sobre a causa da morte, simplesmente... evaporou. Desapareceu. A mala foi encontrada com o torso, membros, algumas roupas, mas a cabeça? Nada. Zero. Um mistério dentro do mistério. A polícia diz que investiga se houve algum tipo de mutilação pra dificultar a identificação, mas aí a gente cai naquele buraco de coelho: como ninguém viu nada? Na rodoviária, movimento pra todo lado, e ninguém viu alguém carregando uma mala que, convenhamos, devia estar fedendo a morte.

Falando em ver, as câmeras de segurança são outra frustração. Os investigadores reviraram horas e horas de gravação, mas a tal mala só aparece já lá, abandonada. Quem a colocou ali? Como chegou? Um fantasma. Parece que o culpado conhece todos os pontos cegos de cor. Ou teve uma sorte danada.

O Suspeito e o Silêncio

E então temos WES, o ex-namorado, preso preventivamente. A prisão foi decretada, mas a estratégia dele tem sido uma só: ficar calado. Ele se nega a dar detalhes, não conta sua versão dos fatos, não fala nada sobre o paradeiro do crânio. Advogados dele dizem que vão esperar o tal laudo completo para se manifestar – o que, do ponto de vista jurídico, até é esperto, mas deixa a sociedade com um gosto amargo de impunidade. A gente fica se perguntando: o que se passa na cabeça de alguém que é acusado de uma coisa dessas e não diz uma palavra?

Ah, e os investigadores não estão só cruzando os braços. Eles seguem na ativa, coletando mais depoimentos, analisando o celular do suspeito, tentando montar o quebra-cabeça dos últimos dias de Sabrina. Mas sem a peça principal, fica difícil fechar o desenho.

No fim das contas, Porto Alegre inteira fica esperando. A família de Sabrina clama por justiça, mas a justiça, dessa vez, está demorando a chegar. Um caso que chocou o Rio Grande do Sul e que, infelizmente, ainda vai render muitos capítulos.