
Três anos se passaram desde aquela noite de terror que terminou em sangue. E agora, o caso volta à tona - desta vez nas mãos de sete cidadãos comuns que decidirão o destino de um casal acusado de um crime que parece saído de um filme de horror.
Naquela madrugada de 2022, algo terrível aconteceu enquanto a cidade dormia. Um personal trainer de 37 anos - vamos chamá-lo de João para preservar sua memória - foi surpreendido em sua própria cama. Não teve chance de se defender. Mais de trinta golpes de faca transformaram seu quarto em uma cena de pesadelo.
Os acusados e a vítima
Do outro lado do banco dos réus, um casal. Ela, de 33 anos; ele, de 36. Ambos negam, é claro. Mas as provas? Ah, as provas contam uma história diferente. E o que mais choca é que a vítima e os acusados se conheciam. Tinham uma relação de confiança, imagine só.
O personal trainer não era qualquer um. Conhecido na região por seu trabalho, deixou familiares e amigos que até hoje buscam justiça. Trinta facadas, gente. Trinta. É um número que dá vertigem só de pensar.
O longo caminho até o júri
Desde 2022 essa história vem percorrendo os corredores da justiça. Investigação, prisão preventiva, audiências, recursos... Finalmente chegou a hora do grande espetáculo judicial: o tribunal do júri.
Na última segunda-feira, a 2ª Vara do Júri de São José do Rio Preto deu o sinal verde. Sete pessoas comuns - seus vizinhos, talvez - vão ouvir cada detalhe macabro e decidir: culpados ou inocentes?
O promotor Rafael Monteiro não tem dúvidas. Na sua visão, o casal agiu em conjunto, com aquela cumplicidade sinistra que só os piores crimes conseguem revelar entre duas pessoas.
O que esperar do julgamento
Preparem-se para depoimentos dramáticos, laudos periciais detalhados, reconstituições que vão fazer você estremecer. Tudo sob os olhos atentos do juiz Sérgio Guedes Fernandes, que terá a difícil tarefa de conduzir este processo que já nasceu marcado pela violência extrema.
O que leva duas pessoas a cometerem algo tão horrível? Dinheiro? Ciúmes? Vingança? Essas perguntas ecoarão no tribunal enquanto testemunhas forem chamadas à frente, uma após outra.
Enquanto isso, do lado de fora do fórum, a família da vítima espera por um fechamento que nunca será completo - porque algumas feridas, bem, algumas feridas simplesmente não fecham.
O julgamento promete ser longo, doloroso, mas necessário. Porque no final, o que está em jogo vai além da pena que será ou não aplicada. Está em jogo a própria noção de justiça em uma sociedade que, vez ou outra, se vê confrontada com a face mais sombria da natureza humana.