Advogado que atirou em confusão no Acre é solto após pouco mais de um mês — caso Juliana Chaar gera revolta
Advogado que atirou em confusão no Acre é solto

Pouco mais de trinta dias. Esse foi o tempo que um advogado — cujo nome a gente evita citar pra não dar ibope — ficou atrás das grades depois de uma confusão daquelas que pega mal até no currículo. Aconteceu no Acre, estado que às vezes some do mapa nacional, mas que vez ou outra aparece num desses episódios tristes.

Tudo começou numa discussão que escalou rápido, muito rápido. E num rompante, o tal advogado — imagine só, um conhecedor das leis — puxa uma arma e dispara. O alvo? Juliana Chaar, que virou o centro dessa história toda. A sorte — se é que podemos chamar assim — é que ela sobreviveu. Mas o estrago tava feito.

E aí, me diz: o que você esperaria de um caso desses? Prisão preventiva, talvez um processo demorado, certo? Pois é. A realidade, como sempre, surpreende. O sistema judiciário acreano — com suas particularidades — entendeu que a soltura era possível. Alegaram… falta de provas contundentes? Risco de fuga? Quem sabe.

O que levou à soltura?

Parece que a defesa trabalhou bem — muito bem, diga-se. Argumentaram que não havia motivos pra manter o cara preso. Que ele não era perigo pra sociedade, que responderia em liberdade. E o juiz, seja por convicção ou por pressão de prazos, acabou concordando.

Não é à toa que a família de Juliana tá possessa. Imagina a frustração: você vê a pessoa que quase matou alguém da sua família sendo solta como se nada tivesse acontecido. Revoltante, pra dizer o mínimo.

E agora, o que esperar?

O processo segue — em ritmo de jabuti, como de costume. Enquanto isso, a sociedade fica se perguntando: até onde vai a impunidade? Será que ter um diploma de direito — ou uma grana extra — te coloca num patamar acima da lei?

Perguntas que, infelizmente, a gente já sabe a resposta, mas finge que não.