
Um crime brutal chocou a cidade de Bebedouro, no interior de São Paulo, e ganhou contornos ainda mais dramáticos com a declaração do principal acusado. O homem preso pela morte do jovem Lucas Gabriel Rosa de Paula, de 23 anos, alega ter tido um "apagão" e não se lembrar do momento do assassinato.
O herói e a tragédia
Lucas se tornou um herói involuntário na noite do último dia 17. O jovem estava no Bar do Português quando testemunhou um homem agredindo uma mulher. Movido por um impulso de proteger a vítima, ele não hesitou em intervir para defendê-la das agressões.
O que deveria ser um ato de coragem se transformou em tragédia. O agressor, identificado como Rafael Silva de Oliveira, de 31 anos, reagiu com extrema violência. Testemunhas relatam que, após a intervenção de Lucas, Rafael sacou uma faca e desferiu golpes contra o jovem.
O "apagão" do acusado
Em depoimento à polícia, Rafael Silva de Oliveira apresentou uma versão que surpreendeu investigadores. Ele afirmou que não se lembra do momento exato do crime, alegando ter sofrido um "apagão" durante a discussão.
"Segundo ele, havia ingerido bebida alcoólica e não lembrava de ter efetuado os golpes contra a vítima", revelou o delegado responsável pelo caso. A alegação, no entanto, não convenceu as autoridades, que mantiveram o acusado preso.
Cena do crime e consequências
O ataque ocorreu por volta das 23h30 de quinta-feira. Lucas foi atingido por múltiplos golpes de faca e não resistiu aos ferimentos. Ele foi socorrido às pressas, mas morreu no Hospital de Clínicas de Bebedouro.
Rafael foi preso em flagrante pelo 2º DP de Bebedouro e autuado por homicídio qualificado. A faca utilizada no crime foi apreendida no local, constituindo prova material importante para o caso.
Repercussão e luto
A morte de Lucas deixou familiares e amigos em estado de choque. Conhecido por seu caráter pacífico e disposição para ajudar os outros, o jovem de 23 anos era querido na comunidade.
"Ele sempre foi assim, desde pequeno. Não conseguia ver uma injustiça e ficar quieto", desabafou um familiar, que preferiu não se identificar.
O caso reacendeu o debate sobre violência urbana mesmo em cidades do interior, tradicionalmente mais tranquilas que os grandes centros. A alegação de "apagão" por parte do acusado promete ser o centro das atenções no processo judicial que se inicia.