
Era pra ser mais uma viagem rotineira pela BR-116, no sul da Bahia. Nada sugeria que aquele ônibus, um modelo convencional, carregava um segredo pesado — e macio. Aconteceu na tarde de segunda-feira, 16, num trecho que corta o município de Itapetinga.
Agentes da PRF, com aquele faro treinado que não perdoa, decidiram parar o veículo para uma abordagem de praxe. Mas o que era routine rapidamente virou surpresa. Algo não cheirava bem, e não era metaforicamente.
Durante a revista, a atenção dos policiais foi atraída para um conjunto de travesseiros e almofadas que pareciam... exagerados. Demasiado volumosos para serem apenas conforto. A intuição mandou investigar.
O Esconderijo Fofinho
Ao abrirem os enchimentos, depararam-se não com espuma, mas com uma carga valiosa e ilegal. Pacotes a vácuo, cuidadosamente embalados, contendo cocaína pura. No total, foram contabilizados 5 kg da droga, um carregamento que, nas ruas, valeria uma pequena fortuna.
Dois homens, que acompanhavam a encomenda peculiar, foram detidos no local. Eles agora respondem por tráfico de drogas e aguardam o andamento legal — a cadeia, infelizmente para eles, não terá travesseiros tão confortáveis.
Essa não é, pasmem, a primeira vez que traficantes usam de criatividade para burlar a lei. Já vimos de tudo: de abóboras a fraldas, de livros ocos a pneus. Mas a escolha por itens de descanso é quase irônica. O que deveria ser símbolo de repouso virou instrumento de crime.
Além da Apreensão: Um Recado Claro
A operação vai além dos números. É um recado contundente da PRF de que a fiscalização está atenta, 24/7, e que a ousadia dos criminosos só aumenta a capacidade de resposta das forças de segurança. Eles podem até inovar, mas a lei corre atrás — e geralmente alcança.
O caso segue sob investigação para descobrir a origem e o destino final da droga. Uma coisa é certa: o destino dos envolvidos, porém, já está traçado.