Cultivo de maconha em residência vira caso de polícia em Manaus — veja os detalhes
Plantação de maconha em casa vira caso policial em Manaus

Imagine abrir a porta do seu vizinho e se deparar com um verdadeiro "jardim" proibido. Foi exatamente isso que aconteceu em um bairro residencial de Manaus, onde a polícia encontrou uma plantação de maconha montada dentro de uma casa comum — daquelas que você passaria sem desconfiar de nada.

Segundo relatos, a operação foi deflagrada após denúncias anônimas. Os policiais chegaram preparados para o pior, mas nem eles esperavam encontrar o que viram: dezenas de pés de Cannabis sativa cultivados com todo o cuidado — luzes especiais, sistema de irrigação, o pacote completo. Parecia mais um episódio de Breaking Bad tropicalizado.

"Não era só um pé de maconha no quintal"

Um dos delegados envolvidos, que preferiu não se identificar, brincou: "Aqui a gente costuma achar usuário com um baseado no bolso. Dessa vez, pegaram um fazendeiro urbano". De fato, a estrutura montada impressionou até os mais experientes. Estima-se que a plantação rendesse colheitas mensais, com potencial para abastecer parte do mercado local.

  • Mais de 50 plantas em diferentes estágios de crescimento
  • Sistema profissional de iluminação artificial
  • Ventilação e controle de umidade ajustados
  • Fertilizantes e produtos químicos especializados

O dono do imóvel, um homem de 32 anos que trabalhava como entregador de aplicativo, foi preso em flagrante. Durante o interrogatório, ele tentou justificar a empreitada dizendo que "era só para uso próprio" — versão que caiu por terra diante da escala da produção.

O que diz a lei?

No Brasil, o cultivo de maconha para qualquer fim continua sendo crime, com penas que variam de 5 a 15 anos de prisão. E mesmo que o argumento do "uso medicinal" venha ganhando espaço no debate público, casos como esse mostram como a legislação atual enxerga essas situações: sem dó nem piedade.

Moradores da região ficaram chocados. "Nunca imaginei que tinha isso aqui do lado", comentou uma senhora que pediu para não ser identificada. Outros, porém, disseram ter notado "cheiro estranho" nos últimos meses, mas nunca suspeitaram que vinha de uma operação profissional.

Agora, a polícia investiga se o suspeito agia sozinho ou fazia parte de uma rede maior. Enquanto isso, a casa virou ponto turístico involuntário — todo mundo quer dar uma olhada no "sítio da maconha" que quase passou despercebido no meio da cidade.