
O que começou como mais um dia comum numa unidade básica de saúde em São Gabriel da Palha, no interior do Espírito Santo, transformou-se rapidamente num pesadelo. A tranquilidade da manhã de quarta-feira foi quebrada por cenas que dificilmente sairão da memória de quem testemunhou.
Por volta das 10h, um pitbull de porte médio simplesmente apareceu do nada — invadiu o posto de saúde como se fosse dono do lugar. E o que veio a seguir foi de cortar o coração.
Cena de horror registrada em vídeo
As câmeras de segurança não mentem: mostram o momento exato em que o cachorro maior localiza um filhote de vira-lata, indefeso, que estava ali no pátio. O ataque foi rápido, brutal, quase calculista. Uma investida violenta que deixou todos paralisados.
Funcionários correram, gritaram, tentaram separar os animais. Mas era tarde demais. O filhote, que mal tinha começado a vida, não resistiu aos ferimentos. Uma tragédia anunciada que poderia ter sido evitada.
O desespero dos profissionais de saúde
"A gente fica sem reação, sabe?", desabafa uma técnica de enfermagem que preferiu não se identificar. "Estamos aqui para cuidar de vidas, salvar pessoas, e de repente nos vemos impotentes diante de uma cena dessas."
O pitbull, diga-se de passagem, não era um animal de rua — tinha coleira, estava bem cuidado. Alguém, em algum lugar, era responsável por ele. E essa pessoa provavelmente nem imagina o estrago que seu descuido causou.
E agora, quem responde por isso?
A Polícia Militar Ambiental já foi acionada e investiga o caso. Eles tentam localizar o dono do pitbull — que, convenhamos, deveria ter noção básica de que animal desse porte precisa de vigilância constante.
É aquela velha história: o problema nunca é a raça, é a criação. Ou a falta dela. Um animal desses, sem supervisão, vira uma arma ambulante. E quem paga o pato são sempre os mais vulneráveis.
O corpo do filhote foi recolhido para exames. Triste fim para uma vida que mal começou.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: quantas tragédias como essa precisam acontecer até que donos de animais entendam que posse responsável não é opção — é obrigação?