
Ela chegou com sotaque parisiense e histórias da Rue de Rivoli, mas saiu direto para a delegacia. A cena parece roteiro de filme, mas aconteceu de verdade nas ruas do Rio. Uma mulher, ainda não identificada, foi presa nesta segunda-feira sob a pesada acusação de aplicar o famigerado golpe do "Boa Noite Cinderela" - porém com um detalhe que deixou até os investigadores de queixo caído.
O modus operandi? Bastante elaborado, diga-se de passagem. A suspeita abordava suas vítimas em locais badalados da zona sul carioca, sempre se passando por francesa. Com sotaque convincente e ar sofisticado, ela conquistava a confiança dos homens para marcar encontros em hotéis ou residências.
O que acontecia depois vai te chocar
Eis que a trama se desenrolava: durante o encontro, ela servia drinks adulterados com substâncias sedativas. Quando a vítima perdia a consciência - daí o nome "Boa Noite Cinderela" -, a golpista sumia com tudo: celular, carteira, relógio, até cartões de crédito não escapavam.
Parece coisa de cinema, mas a realidade às vezes supera a ficção. A polícia descobriu que ela falava francês de verdade, o que dava credibilidade à sua farsa. Quantas vítimas ela deixou pelo caminho? Ainda estamos descobrindo, mas os prejuízos são consideráveis.
Como a polícia chegou até ela
Um dos sobreviventes do golpe acordou mais cedo que o previsto e conseguiu acionar a polícia. Com descrição detalhada e a ajuda de câmeras de segurança, as peças do quebra-cabeça se encaixaram rapidamente. A prisão aconteceu na Tijuca, zona norte da cidade, onde ela estava hospedada.
No apartamento, os agentes encontraram itens que contam uma história: frascos com resíduos de sedativos, diversos celulares, cartões de crédito em nomes diferentes e... um passaporte francês que, digamos, não era exatamente legítimo.
O delegado responsável pelo caso, que preferiu não se identificar, comentou com exclusividade: "É uma das versões mais elaboradas desse golpe que já vimos. A fluência no idioma francês dava um ar de sofisticação que enganava até pessoas experientes".
As investigações continuam porque, francamente, ninguém acredita que ela agia sozinha. A suspeita é de que integrava uma rede especializada nesse tipo de crime - talvez até com conexões internacionais.
Enquanto isso, a suposta "Cinderela" francesa aguarda nas grades o andamento processual. Sua noite não terminou com baile na corte, mas com cela na delegacia. A moral da história? Às vezes o conto de fadas vira pesadelo - e nem sempre a princesa é quem parece.