
Imagina a cena: um jovem de 21 anos, com uma cara de quem não levantava suspeitas, entra calmamente numa farmácia de Goiânia. Só que, em vez de comprar remédios, ele saca uma arma e anuncia o assalto. O detalhe? O carro usado na fuga era do pai dele — e isso, meu amigo, foi a cereja do bolo que derrubou o plano.
Segundo testemunhas, o rapaz agiu com uma mistura de nervosismo e audácia. "Ele parecia mais perdido que cego em tiroteio", contou um atendente, que preferiu não se identificar. Os clientes, assustados, ficaram paralisados enquanto o ladrão levava dinheiro do caixa e alguns produtos.
Fuga (quase) perfeita — até virar pesadelo
O problema começou quando ele resolveu fugir num carro prateado, modelo relativamente comum. Só que a placa? Ah, a placa foi anotada por uma senhora que, pasme, tinha memória de elefante. "Anoto sempre, desde o caso daquele sequestro na novela das nove", justificou, sem perder a piada.
Em menos de uma hora, a PM já tinha rastreado o veículo — que, ironicamente, estava registrado no nome do pai do suspeito. Quando os policiais chegaram à residência, o jovem ainda tentou inventar uma história esfarrapada sobre "emprestar o carro para um amigo". Só faltou dizer que o tal amigo era o Papai Noel.
Pai entre a decepção e o desespero
O pai, um senhor de 56 anos, ficou entre a fúria e a vergonha. "Eu trabalhando honestamente a vida toda, e ele me mete numa dessas?", lamentou, visivelmente abalado. A família agora teme represálias, já que o endereço ficou exposto — e a internet, como sabemos, não perdoa.
O jovem foi levado para a delegacia e agora responde por roubo majorado (por usar arma) e posse irregular de veículo. A arma, diga-se, era de airsoft — mas o suficiente para aterrorizar os presentes. "Parecia real, ninguém ia arriscar", explicou um dos policiais.
Moral da história? Em Goiânia, até os crimes familiares têm um quê de tragicomédia. E o conselho é velho, mas vale: escolha melhor seus "atalhos" na vida, porque alguns desvios levam direto para a cadeia.