
Imagine a cena: uma sala de aula, alunos ansiosos para o recreio, e um colega com um bolo "surpresa". Parece inofensivo, não é? Mas o que começou como uma brincadeira inocente terminou com vários estudantes passando mal em uma escola da Grande Florianópolis.
Na última quarta-feira (13), um grupo de alunos decidiu testar suas habilidades culinárias — ou falta delas — ao preparar um bolo caseiro e levá-lo escondido para a escola. O problema? Os ingredientes. Ou melhor, a combinação deles. Segundo relatos, a "receita secreta" incluía itens que, digamos, não eram exatamente apropriados para consumo humano.
O que exatamente aconteceu?
Por volta do meio-dia, os primeiros sintomas apareceram: náuseas, tonturas e dores abdominais. Alguns estudantes chegaram a vomitar. A direção da escola não perdeu tempo e acionou o SAMU imediatamente.
"Foi um verdadeiro caos", conta uma professora que preferiu não se identificar. "Um minuto tudo normal, no seguinte, crianças reclamando de mal-estar. A gente nunca espera por essas coisas."
As consequências
- 12 alunos atendidos no local
- 5 encaminhados para unidades de saúde
- Todos em estado estável, sem risco de vida
- Vigilância Sanitária notificada
O que mais preocupa — além da saúde dos estudantes, claro — é a falta de supervisão. "Isso poderia ter sido evitado", comenta um pai de aluno, visivelmente irritado. "Onde estava a fiscalização?"
Enquanto isso, a Secretaria de Educação emitiu uma nota reforçando a importância da orientação nutricional nas escolas. Mas será que isso basta? Num mundo onde desafios culinários virais se espalham como rastilho de pólvora, talvez seja hora de repensar como abordamos a educação alimentar com os jovens.
O caso ainda está sob investigação, mas uma coisa é certa: essa "brincadeira" deixou um gosto amargo na boca de todos os envolvidos.