Imagine só: você recebe uma ligação desesperada dizendo que sua parceira foi sequestrada. O coração dispara, o suor frio escorre — e tudo não passa de uma encenação criminosa. Foi exatamente o que aconteceu em Porto Velho, onde um homem de 32 anos arquitetou um plano tão absurdo quanto cruel.
Segundo a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa, o sujeito — cujo nome a gente omite pra não dar ibope — forjou o próprio crime. Ele mandou mensagens ameaçadoras pra família da companheira, exigindo resgate. Só que a polícia, esperta como sempre, percebeu as contradições na história.
O desenrolar da farsa
Detalhe que parece roteiro de filme B: o cara usou o celular da vítima pra enviar áudios chorosos. Só que esqueceu um pequeno detalhe — a voz "da sequestrada" era claramente masculina, disfarçada de forma amadora. "Parecia dublagem de desenho animado", contou um dos investigadores, rindo da cara do meliante.
- Primeiro erro: escolheu a vítima errada (a própria namorada)
- Segundo erro: subestimou a inteligência policial
- Terceiro erro: achou que sairia impune numa era de rastreamento digital
Em menos de 48 horas, os agentes localizaram o casal — ela ilesa, ele com cara de quem tinha visto um fantasma. A moça, pasmem, nem sabia que estava "sequestrada". Estava na casa de uma amiga o tempo todo, completamente alheia ao circo armado pelo parceiro.
As consequências
O "gênio do crime" agora responde por extorsão mediante sequestro e falsa comunicação de crime. Se condenado, pode pegar até 10 anos de cana. E olha que a defesa dele tentou argumentar que foi tudo "uma brincadeira de mau gosto". Brincadeira? Pra família que passou horas acreditando num pesadelo?
Moral da história: na terra do jeitinho brasileiro, até os bandidos estão ficando preguiçosos. Mas a justiça — ainda bem — continua acordada.
