Um caso que parece saído de um filme de suspense está chamando a atenção no sistema carcerário baiano. Um homem condenado pela Justiça tentou uma estratégia inusitada para escapar da prisão: comprou um atestado de óbito falso para simular sua própria morte.
O plano que deu errado
Segundo informações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o condenado pagou R$ 3 mil por um atestado de óbito falso. O documento foi apresentado à Vara de Execuções Penais de Salvador, na tentativa de encerrar o processo sob a alegação de que o réu havia falecido.
No entanto, a trama começou a se desfazer quando os peritos do Instituto Médico Legal (IML) analisaram o documento e identificaram várias inconsistências. A investigação revelou que o atestado era completamente fraudulento.
Transferência para presídio de segurança máxima
Com a descoberta do esquema, a Justiça determinou a transferência imediata do homem para o Conjunto Penal de Feira de Santana, unidade conhecida por abrigar presos de alta periculosidade.
O caso foi parar nas mãos do juiz Ruy Lopes, titular da 1ª Vara de Execuções Penais, que não hesitou em tomar medidas rigorosas. Além da transferência, o magistrado determinou a abertura de novo processo criminal contra o condenado, desta vez por falsificação de documento público.
Rede de falsificação desmantelada
A investigação não se limitou ao condenado. As autoridades identificaram e estão perseguindo os outros envolvidos na rede de falsificação. As informações sobre os demais suspeitos já foram encaminhadas ao Ministério Público da Bahia para as devidas providências criminais.
Este caso serve como alerta para as sofisticadas tentativas de burlar o sistema judiciário e reforça a importância da fiscalização rigorosa de documentos apresentados em processos judiciais.