
Eis que a justiça alemã dá mais um capítulo surpreendente — e, pra muitos, frustrante — num dos mistérios criminais mais dolorosos deste século. Christian Brueckner, o alemão de 47 anos apontado como principal suspeito no sumiço da pequena Madeleine McCann em 2007, acabou de ser solto da prisão. Sim, você leu certo.
Não, não foi nada relacionado ao caso Maddie, ironicamente. A soltura aconteceu por conta de uma condenação anterior por tráfico de drogas — e aí é que mora a reviravolta. Brueckner cumpriu dois terços da pena de 21 meses, o que, pelas regras de lá, já garante direito à liberdade. A justiça que o investiga por um crime horrível não pôde segurá-lo por outro.
E Agora, o Que Acontece?
Ele segue sendo investigado — e muito — pelo desaparecimento de Madeleine. A promotoria de Braunschweig não sinalizou trégua e mantém as acusações sobre a mesa. Mas a defesa dele, claro, comemora. Diz que a soltura é um sinal de que as coisas não são tão claras quanto parecem. Será?
Brueckner não é nenhum novato no sistema. Tem passagem por condenações por crimes sexuais contra menores e até por abuso de uma idosa. Um histórico pesado, que deixou muita gente de cabelo em pé quando seu nome veio à tona no caso McCann.
E as Provas?
A polícia alemã jura de pés juntos que tem evidências sólidas ligando Brueckner ao crime. Já os procuradores portugueses — que lideraram as buscas iniciais — seguem céticos. Dizem que, até agora, nada de concreto foi apresentado. E no meio disso tudo, uma família que ainda espera por respostas depois de 17 longos anos.
Enquanto Brueckner volta para algum endereço não divulgado na Alemanha — com restrições, mas livre —, o processo segue. E o mundo inteiro continua olhando. Será que algum dia vamos saber o que realmente aconteceu naquela noite em Praia da Luz?
Uma coisa é certa: a soltura não encerra nada. Só aumenta a pressão por justiça — ou pelo menos, por alguma verdade.