Novos emails revelam detalhes da relação entre Trump e Epstein
Novas mensagens eletrônicas de Jeffrey Epstein, obtidas pelo Congresso dos Estados Unidos, trazem revelações impactantes sobre a relação entre o financista e o ex-presidente Donald Trump. Segundo os emails divulgados por democratas do Comitê de Supervisão da Câmara, Trump teria passado horas na casa de Epstein com uma das vítimas do esquema de exploração sexual.
O conteúdo dos emails obtidos pelo Congresso
As mensagens, que foram editadas para proteger a identidade das vítimas, mostram que Epstein escreveu em 2011 para Ghislaine Maxwell sobre Trump. "Quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é Trump. [A vítima] passou horas na minha casa com ele, e ele nunca foi mencionado", afirmou o financista na mensagem.
Em outro email, desta vez de 2019, Epstein teria escrito ao escritor Michael Wolff que Trump "sabia sobre as meninas" envolvidas no esquema. Segundo as mensagens divulgadas, o então presidente chegou a pedir para que Maxwell parasse com as atividades criminosas.
Reações políticas e investigação em andamento
O deputado democrata Robert Garcia, da Califórnia, emitiu um comunicado afirmando que "esses emails e correspondências recentes levantam questões gritantes sobre o que mais a Casa Branca está escondendo". As mensagens foram enviadas ao Congresso junto com outros documentos como parte da investigação sobre a rede sexual de Epstein.
As trocas de emails teriam ocorrido após o acordo judicial de 2008 que livrou Epstein de acusações federais mais graves. O republicano sempre negou envolvimento nos crimes atribuídos ao financista, classificando o caso como "mais uma farsa dos democratas".
Trump reconhece ter sido próximo de Epstein nos anos 1990 e início dos 2000, mas afirma que rompeu a amizade após uma disputa por um imóvel em Palm Beach, na Flórida. As mensagens divulgadas não deixam claro se fazem parte de diálogos mais amplos, mas certamente intensificam as dúvidas sobre a natureza da relação entre as duas figuras públicas.