
Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Polícia Civil de São Carlos (SP) desmantelou nesta quarta-feira (7) uma fábrica que — pasme! — produzia lubrificantes falsificados como se fosse coisa mais normal do mundo. E olha que não era pouca coisa: toneladas do produto prontas pra rodar o mercado ilegal.
O dono do esquema, um homem de 45 anos (que preferiu não dar entrevista, claro), foi pego com a mão na massa — literalmente. Enquanto embalava os produtos piratas, nem percebeu que a polícia já estava batendo na porta. "A gente suspeitava há meses, mas faltava a prova concreta", contou um delegado, que pediu pra não ser identificado. Pois é, dessa vez o flagrante foi irrefutável.
Operação surpresa
Por volta das 6h da manhã — horário que ninguém espera uma batida — os agentes chegaram no galpão industrial, na zona rural da cidade. Dentro, uma linha de produção improvisada: tambores de óleo sem origem conhecida, máquinas de envase enferrujadas e centenas de embalagens falsas de marcas famosas. Um verdadeiro "atelê do crime", como brincou um dos investigadores.
E não pense que era coisa amadora: os produtos tinham rótulos tão bem feitos que enganariam qualquer desatento. "Até o código de barras estava lá, tudo certinho... só que falso", explicou um perito, visivelmente impressionado com a qualidade da fraude.
Impacto ambiental e econômico
Além do óbvio prejuízo às marcas — que devem estar com os cabelos em pé —, o caso tem um agravante sério: os lubrificantes falsos podem causar danos irreparáveis em motores e, pior ainda, contaminar o solo e lençóis freáticos se descartados incorretamente. Um desastre ambiental em potencial, como alertou a equipe da CETESB presente no local.
Pra completar o cenário desolador, a fábrica funcionava sem qualquer licença ambiental ou alvará. "Era tudo irregular, do chão ao teto", resumiu um agente, enquanto anotava as dezenas de violações encontradas.
O que diz a lei?
O suspeito agora responde por:
- Crime contra as relações de consumo (aquele que deixa o Procon com os nervos à flor da pele)
- Falsificação de produtos (óbvio, né?)
- Danos ambientais (porque ninguém merece poluir o planeta pra ganhar dinheiro fácil)
- Exercício ilegal de atividade industrial (basicamente, montar fábrica sem avisar ninguém)
Se condenado, ele pode passar anos conhecendo o sistema penitenciário por dentro — e olha que a cela não vem com lubrificante nem original, quanto mais falsificado.
Enquanto isso, os produtos apreendidos serão analisados minuciosamente. "Precisamos saber exatamente o que estava sendo vendido como lubrificante", explicou um técnico, enquanto enchia sacos de evidências com amostras do material.