
Era só mais um anúncio no Facebook — desses que a gente rola e nem presta atenção. Mas dessa vez, o post tinha cheiro de coisa errada. Um corretor, que preferiu não assinar seu trabalho (e agora a gente sabe porquê), oferecia lotes em Limeira como se fossem bala no supermercado. Só faltava o "leva e troco".
O problema? Os terrenos nem existiam — ou melhor, existiam, mas não podiam ser vendidos. Era área pública, meu amigo. Aquela velha história de tentar passar a perna no sistema.
A armadilha digital
Os fiscais da prefeitura, que andam mais espertos que gambá em lixeira, notaram a maracutaia. Criaram um perfil falso — desses que a gente faz pra checar ex-namorado — e começaram a conversa. O corretor, todo empolgado com o "cliente", mandou até fotos do local. Azar o dele: as imagens eram a prova que precisavam.
Quando marcaram o encontro, o sujeito deve ter achado que ia fechar o negócio do século. Mal sabia ele que, em vez de comissão, ia ganhar uma caroninha até a delegacia.
O que diz a lei
- Vender terreno irregular pode dar até 4 anos de cadeia
- Crime ambiental: área pública não é quitanda
- Se pegar multa, o prejuíso passa de R$ 50 mil
Pra completar, o sujeito ainda tentou argumentar que "todo mundo faz". Típico, né? Só faltou dizer que aprendeu na escola de malandragem.
O caso tá sendo investigado, e a prefeitura avisou: tão monitorando as redes sociais. Melhor pensar duas vezes antes de anunciar "oportunidade imperdível" onde não se deve.