Golpe imobiliário no Rio: quadrilha é presa após aplicar fraudes milionárias em aluguéis
Quadrilha de golpe imobiliário é presa no Rio após fraudes

Era um esquema tão bem armado que até quem já tinha experiência no mercado imobiliário caiu. A polícia do Rio desmontou nesta quinta-feira (24) uma quadrilha especializada em aplicar golpes através de falsas imobiliárias — e olha que os caras eram convincentes.

Segundo as investigações, o modus operandi era simples (mas eficaz): criavam imóveis fictícios em bairros nobres, colocavam anúncios em sites populares e, quando a vítima mordia a isca, sumiam com o dinheiro. "Eles tinham até plantão de atendimento, contratos bem redigidos e fotos de apartamentos que nunca existiram", conta um delegado que preferiu não se identificar.

Como o golpe funcionava

Não era coisa de amador. A quadrilha — composta por pelo menos 8 pessoas — operava assim:

  • Alugavam escritórios em áreas comerciais por poucos dias
  • Criavam sites profissionais com selos de "associações do ramo" (tudo falso, claro)
  • Usavam documentos de terceiros para abrir contas bancárias
  • Desapareciam assim que recebiam o primeiro pagamento

"O pior é que muitas vítimas só percebiam o golpe no dia da mudança, quando iam pegar as chaves", explica a delegada responsável pelo caso. Alguns chegaram a perder mais de R$ 50 mil.

Dicas para não cair no conto do vigário

Quem tá no mercado imobiliário há décadas — como eu — sabe que golpe assim não é novidade, mas sempre aparece com novas roupagens. Algumas dicas básicas:

  1. Desconfie de preços muito abaixo do mercado — se parece bom demais pra ser verdade, provavelmente é.
  2. Exija visitar o imóvel pessoalmente — e não aceite desculpas esfarrapadas.
  3. Verifique o CRECI do corretor — dá pra checar online em dois minutos.

Ah, e se o sujeito insistir pra pagar em criptomoedas ou PIX pra pessoa física? Corra. Não, sério — vire as costas e saia andando.

Agora os golpistas vão responder por estelionato qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A polícia ainda busca outros envolvidos — parece que o esquema tinha ramificações em outros estados.