
Imagine receber uma ligação dizendo que seu benefício do INSS será cancelado — a menos que você pague uma "taxa de regularização" em uma conta misteriosa. Ou pior: descobrir que alguém está usando o nome da sua avó falecida para sacar aposentadoria. Pois é, a criatividade dos golpistas não tem limites.
O novo mapa da mina dos criminosos
Os bandidos modernizaram o serviço. Agora, além dos velhos truques, usam:
- Vozes sintéticas — aquelas geradas por IA que imitam perfeitamente atendentes oficiais
- Banco de dados de óbitos — cadastros de pessoas mortas viram ouro na mão de fraudadores
- Vazamentos do Serasa — informações vazadas em 2023 ainda alimentam golpes em 2024
E o pior? Funciona. Só no primeiro trimestre, mais de R$ 30 milhões evaporaram assim. "É assustador como ficou profissional", comenta um perito do Ministério da Previdência que prefere não se identificar.
Quando a tecnologia vira arma
Dois casos recentes mostram a ousadia:
- Em Minas, uma quadrilha "ressuscitou" 21 aposentados falecidos — cada um rendeu até R$ 15 mil antes de serem pegos
- No Rio, criminosos usaram deepfake para convencer vítimas a liberar dados bancários em chamadas de vídeo
E não adianta pensar "isso não acontece comigo". Os alvos preferenciais? Pessoas acima de 60 anos — justo quem menos desconfia dessas armadilhas digitais.
Como não cair nesse conto do vigário 2.0
Algumas duras verdades:
- O INSS nunca pede pagamento por WhatsApp ou ligações
- Atualize seus dados no Meu INSS regularmente — fraudadores adoram brechas
- Desconfie de "promessas milagrosas" de aumento de benefício
E se cair no golpe? Corra para a delegacia mais próxima e registre BO. Quanto mais rápido agir, maior chance de reaver o dinheiro. Afinal, como diz o ditado: contra esperteza, vigilância.