
Nada como um dia após o outro para mostrar que a criatividade dos criminosos não tem limites. Dessa vez, a moeda da vez — literalmente — foi o real, mas em versão fake. No Oeste Paulista, duas operações distintas botaram no chinelo quem achou que podia encomendar dinheiro falsificado como se fosse um delivery de pizza.
Pois é. A polícia apreendeu 28 notas falsas — e não, não eram daquelas de brincadeira que a gente vê em banco imobiliário. Dinheiro de mentira, mas com cara de verdade, circulando por aí. O pior? Tudo encomendado por redes sociais, num esquema que mistura falta de vergonha na cara com tecnologia.
Como funcionava o esquema?
Parece roteiro de filme, mas aconteceu de verdade:
- Os caras anunciavam em grupos fechados — aqueles que você só entra se for convidado ou souber a senha.
- Negociação toda por mensagem, claro. Afinal, quem em sã consciência marcaria encontro para comprar coisa ilegal?
- Pagamento em criptomoedas ou transferência. Ironia: usavam dinheiro de verdade para comprar dinheiro falso.
E olha só o nível da ousadia: algumas notas eram de R$ 200, aquele modelo novo que todo mundo ainda olha duas vezes pra conferir se é legítimo. Mal sabiam os compradores que iam receber papel pintado.
O que diz a polícia?
Os PMs — que tão mais espertos que esses aí — explicaram que os dois casos não têm ligação, mas seguiam a mesma cartilha: redes sociais + anonimato + gente querendo levar vantagem. Apreensão aconteceu em cidades diferentes da região, mas os detalhes exatos ficam em sigilo pra não atrapalhar as investigações.
"É um crime antigo com cara nova", resumiu um delegado que prefere não se identificar. E completou: "Antes era na cara dura, hoje é no celular. Mas no final, sempre cai."
Pra quem tá pensando em dar uma de esperto: falsificação de moeda é crime previsto no artigo 289 do Código Penal. Traduzindo: pode dar até 12 anos de cadeia. E olha que ninguém vai te dar desconto por ter sido "só uma vez".