Justiça liberta servidores suspeitos de envolvimento em ataque hacker que paralisou prefeitura de Rio Preto
Justiça revoga prisão em caso de ataque hacker

Em uma reviravolta no caso do ataque hacker que paralisou os serviços da prefeitura de São José do Rio Preto, a Justiça decidiu revogar as prisões preventivas de dois funcionários públicos suspeitos de envolvimento no esquema. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (17) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Entenda o caso

Os servidores municipais, um homem de 54 anos e uma mulher de 47, estavam presos desde o dia 8 de outubro, quando o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou a Operação Firewall. A investigação apura um sofisticado ataque cibernético que derrubou sistemas inteiros da administração municipal, causando prejuízos e transtornos à população.

Argumentos da defesa prevaleceram

Os desembargadores acolheram os argumentos da defesa dos servidores, que contestava a legalidade das prisões. De acordo com a decisão judicial, não havia elementos concretos que justificassem a manutenção da prisão preventiva dos dois funcionários.

O colegiado do TJ-SP considerou que as investigações ainda estão em andamento e que não ficou comprovado o risco de os investigados atrapalharem as apurações ou voltarem a cometer crimes.

Investigações continuam

É importante destacar que a revogação das prisões não significa o arquivamento do caso. As investigações sobre o ataque hacker continuam sob a responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP.

O ataque cibernético, ocorrido em setembro, causou um caos generalizado nos serviços públicos municipais, afetando setores cruciais como:

  • Saúde
  • Educação
  • Finanças
  • Serviços administrativos

Medidas cautelares mantidas

Apesar de concederem liberdade aos servidores, os magistrados mantiveram algumas medidas cautelares. Os dois funcionários públicos agora responderam ao processo em liberdade, mas com restrições determinadas pela Justiça.

O caso continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades, que buscam identificar todos os envolvidos no ataque que comprometeu a segurança digital da prefeitura e prejudicou milhares de cidadãos rio-pretenses.