Operação mira influenciadores em Caicó por promoção ilegal de jogos de azar: entenda o caso
Influenciadores de Caicó investigados por jogos ilegais

Era um dia comum em Caicó até que a Polícia Civil baixou o cacete. Literalmente. Uma operação discreta — mas eficiente — colocou no centro do furacão meia dúzia de influenciadores digitais que, segundo as investigações, estavam metidos até o pescoço na promoção de jogos de azar ilegais.

Detalhe que faz diferença: não era só "curtam aí" ou "segue lá". Tinha grana rolando — e muita. Os investigadores estimam que alguns perfis faturavam até R$ 15 mil por mês só pra fazer propaganda disfarçada de cassinos online.

Como a casa caiu

Parece que alguém esqueceu de ler o manual. Desde 2022, o Brasil proíbe qualquer tipo de propaganda de jogos de azar que não sejam loterias oficiais. Mas esses aí achavam que estavam acima da lei — ou que ninguém ia notar.

  • Modus operandi: Stories "inocentes" com links camuflados
  • Golpe do bônus: Códigos promocionais exclusivos pra seguidores
  • Lavagem digital: Pagamentos via laranjas e contas fantasmas

"Quando a gente viu o volume, caiu o queixo", confessou um delegado que pediu pra não ser identificado. "Tinha influencer com mais de 100 posts só nesse esquema."

O lado B da moeda

Enquanto isso, nas redes sociais, o clima era de "não fui eu". Alguns acusados já apagaram conteúdos — tarde demais, claro. Outros juram que só estavam "divulgando entretenimento". Só esqueceram de avisar que entretenimento, nesse caso, é crime.

Pra você ter ideia, um dos investigados tem 280 mil seguidores. Outro, especialista em "dicas de apostas", vivia postando fotos em iates e carros de luxo. Coincidência? A polícia duvida.

E olha que isso é só a ponta do iceberg. Os investigadores suspeitam que por trás dos perfis bonitinhos tem uma rede organizada — com laranjas, luvas e tudo mais. O que começou como denúncia anônima virou um verdadeiro quebra-cabeça jurídico.

Enquanto a justiça não decide, fica o alerta: nas redes sociais, nem tudo é o que parece. E quando a esmola é demais, o santo desconfia — principalmente se vier com bônus de 200% na primeira aposta.