
Numa tarde comum em São Luís, o que deveria ser um ambiente de cuidado com a saúde transformou-se em cenário de constrangimento. Um homem, cuja identidade ainda não foi totalmente revelada, foi detido pela polícia após ser pego — literalmente com a mão no bolso — filmando uma adolescente sem seu conhecimento dentro de uma academia local.
Segundo relatos, ele agia de forma "discreta demais para não levantar suspeitas", como descreveu um dos frequentadores. Usava o celular estrategicamente posicionado, mas não contava com a observação atenta de outro cliente, que não pensou duas vezes antes de acionar a direção do estabelecimento.
Como tudo aconteceu?
Parece coisa de filme, mas foi realidade: o suspeito circulava entre os aparelhos como se estivesse apenas alongando — só que com o smartphone virado para direções suspeitas. A vítima, uma garota de 16 anos, só tomou conhecimento da situação quando foi abordada por seguranças. "Fiquei em choque. Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer aqui", desabafou ela, sob condição de anonimato.
A reação foi rápida:
- Os funcionários isolaram o homem até a chegada da Polícia Militar
- Vídeos foram encontrados em seu dispositivo — inclusive de outras possíveis vítimas
- O caso agora está sob investigação do Delegacia Especializada da Criança e Adolescente
E olha só que curioso: o local tem câmeras de segurança, mas o ângulo cego entre os espelhos e os equipamentos teria sido explorado pelo acusado. "Já estamos reavaliando toda a estrutura", garantiu o gerente da academia, visivelmente abalado.
O que diz a lei?
Especialistas em direito digital são enfáticos: gravar alguém em situação íntima sem consentimento configura crime previsto no artigo 215-A do Código Penal, com pena que pode chegar a 5 anos de prisão. E tem mais — se o material for compartilhado, as consequências se tornam ainda mais graves.
Moradores da região estão assustados. "Todo mundo vem aqui para se cuidar, não para virar alvo", comentou uma professora de educação física que preferiu não se identificar. Já pensou? Um lugar que deveria transmitir segurança agora vira pauta de debates sobre privacidade.
A polícia pede que outras possíveis vítimas — ou testemunhas de situações similares — compareçam à delegacia mais próxima. Enquanto isso, o detido aguarda interrogatório. E a adolescente? Recebendo acompanhamento psicológico. Casos assim deixam marcas, e não só físicas.