Era um daqueles bichos que todo mundo conhecia — o vira-lata caramelo, parte da paisagem humana de Passos, Minas Gerais. Até que, do nada, sumiu. Sem aviso, sem rastro. E agora? A Polícia Civil tá com o caso em mãos, e a vizinhança não para de comentar.
Segundo relatos, o cachorro — que mais parecia um "funcionário honorário" do bairro — vivia circulando entre comércios e casas, ganhando comida e carinho. "Ele era tipo um semáforo de alegria", conta Dona Marta, dona de uma padaria. "Sumiu na quarta-feira, e desde então tá todo mundo de orelha em pé."
O que se sabe até agora?
A delegacia registrou o desaparecimento como "fato incomum". Não tem câmeras por perto, ninguém viu nada estranho. Mas tem um detalhe: dois dias antes, um cara de moto parou pra fazer carinho no bicho. Coisa rápida, mas que ficou na memória do pessoal.
- O cão não tinha dono fixo — era "propriedade coletiva" do quarteirão
- Alguns moradores já checaram abrigos e até cidades vizinhas
- A delegada responsável pelo caso prometeu "virar cada pedra"
E olha só o que tá rolando: um grupo de WhatsApp com 50 pessoas se formou pra organizar buscas. Teve até vaquinha pra imprimir cartazes — coisa de gente que trata bicho de rua como gente. "Aqui a gente não diferencia", diz um adolescente que prefere não se identificar. "Ele era nosso."
E agora, José?
A Polícia Civil tá seguindo dois caminhos: ou alguém levou o animal sem maldade (e pode devolver sem bronca), ou rolou algo mais sério. Se for o segundo caso, pode configurar crime ambiental — e aí o bicho pega, literalmente.
Enquanto isso, Passos vive um misto de indignação e esperança. Todo mundo quer acreditar que o vira-lata vai voltar, talvez mais gordo, com histórias pra contar. Mas até lá, a lição fica: até um cachorro sem dono tem endereço certo no coração da comunidade.
