
Imagine acordar no meio da noite com o som de música alta e vozes alteradas pelo álcool. Agora multiplique isso por sete dias na semana. É esse pesadelo que os moradores de um bairro chique de Florianópolis dizem estar tentando evitar.
Uma verdadeira revolta tomou conta dos residentes da região quando descobriram os planos de abertura de um suposto estabelecimento noturno. E não é qualquer lugar — estamos falando de uma área que vale ouro, onde o metro quadrado custa mais que um salário mínimo.
O que está pegando?
Os vizinhos argumentam que:
- O barulho vai transformar as noites em verdadeiros infernos acústicos
- O trânsito local, que já não é lá essas coisas, vai piorar consideravelmente
- O charme residencial da área vai virar pó — junto com o valor dos imóveis
"Aqui sempre foi tranquilo, um lugar para criar filhos e descansar depois do trabalho", diz uma moradora que prefere não se identificar. "Agora vão trazer baderna para nossa porta?"
O outro lado da moeda
Do lado dos empresários — que, diga-se de passagem, ainda não se manifestaram oficialmente — a história deve ser outra. Afinal, instalar um negócio desses em área valorizada não é exatamente barato. Deve ter algum estudo de mercado por trás, certo?
Ou será que alguém simplesmente achou que "vai que cola"? Difícil dizer. O certo é que a prefeitura já deve estar com dor de cabeça só de pensar no rolo.
E agora, José?
Enquanto isso, os moradores não ficaram de braços cruzados. Já começaram a:
- Organizar abaixo-assinados
- Marcar reuniões com autoridades
- Preparar ações judiciais, caso necessário
Parece briga de foice no escuro, mas pode ter certeza: essa história ainda vai dar muito pano para manga. Floripa, que normalmente aparece nas notícias por suas praias paradisíacas, agora está no centro de uma discussão que mistura direito de propriedade, convivência urbana e — por que não? — muito mimimi de gente chique.
No fim das contas, será que alguém vai ceder? Ou vamos ter mais um daqueles casos que se arrastam por anos até todo mundo esquecer? Fiquem ligados...