
Era uma daquelas reuniões que você sabe que vai entrar para a história do prédio. Na última terça-feira, os moradores de um condomínio residencial no interior paulista tomaram uma decisão que, digamos, não deixou margem para dúvidas: o fazendeiro Alípio teria que arrumar as malas. E rápido.
Não foi uma votação qualquer — foi unânime. Todos os presentes, depois de meses respirando o clima pesado que o caso gerou, levantaram a mão sem hesitar. "Chega", parece ter sido a palavra de ordem. O que começou com pequenos desentendimentos virou uma bola de neve: barulho excessivo, desrespeito às regras do condomínio e, segundo alguns, até ameaças veladas.
O estopim
Ah, os detalhes! Tudo começou com uma simples reclamação sobre o barulho das máquinas agrícolas estacionadas — sim, dentro do condomínio. Imagina acordar com o ronco de um trator no jardim do prédio? Depois veem as denúncias de que ele estaria usando a garagem como depósito de insumos, com cheiros que... bem, melhor nem descrever.
"A gente tentou conversar, mas ele sempre dava uma de João-sem-braço", contou uma moradora que preferiu não se identificar. "Quando o síndico sugeriu a assembleia, todo mundo sabia que não ia ser só mais uma reunião chata."
O desfecho
A votação durou menos do que o tempo de assar um bolo. Em minutos, o placar estava definido: 100% a favor da expulsão. Até o porteiro, que normalmente não vota, fez questão de participar. "Foi como tirar um peso das costas", confessou um vizinho do terceiro andar.
Juridicamente, o processo foi impecável. A assembleia seguiu todos os trâmites legais, com direito a ata registrada em cartório. Agora, o fazendeiro tem 30 dias para desocupar o imóvel — sob pena de ação judicial. Será que ele vai embora quietinho? Ou isso ainda vai dar pano pra manga?
Enquanto isso, os moradores já planejam uma festa no salão de eventos. "Vamos comemorar a paz que voltou ao prédio", adianta o síndico, que pediu para não ser identificado. "Depois dessa, até o elevador parece mais silencioso."