
Era para ser mais um dia tranquilo nas águas barrentas do Juruá, mas algo estava errado. Bem errado. Quem navegava pelo rio na altura de Cruzeiro do Sul começou a notar aquelas manchas escuras e oleosas que não deveriam estar ali. Nada mesmo.
O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) já está com as botas sujas de lama investigando o caso. Eles confirmaram que receberam as imagens — que são, digamos, bem preocupantes — e mandaram a equipe de fiscalização ambiental a campo para descobrir de onde veio esse óleo.
O que se sabe até agora?
Pouco, e é isso que assusta. As manchas foram identificadas no rio, mas a origem ainda é um mistério. Seria um vazamento acidental? Algo criminoso? Ninguém sabe. O que importa é que o estrago está feito, e o timing não poderia ser pior.
O Imac não divulgou detalhes sobre a extensão da contaminação, mas imagens que circularam mostram manchas significativas. Algo que não passa despercebido. Nem pelos peixes, nem pelas pessoas.
E as comunidades?
Ah, isso é o que mais dói. O Rio Juruá é vital para centenas de famílias ribeirinhas. É dali que sai o peixe, a água, a vida. Um vazamento de óleo, por menor que seja, mexe com tudo: com o ambiente, com a saúde, com o sustento.
Não é a primeira vez que algo assim acontece na região, mas cada vez é uma facada. Será que a gente nunca aprende?
Enquanto a investigação corre — e torcemos para que seja rápida —, a pergunta que fica é: quem vai pagar por isso? E quando é que a prevenção vai virar prioridade de verdade?
Por enquanto, o que resta é acompanhar as apurações e torcer para que o dano não seja irreparável. Porque rio, gente e natureza não são descartáveis.