Imagine acordar com um cheiro que mais parece um ataque químico — é assim que moradores de São Miguel Arcanjo descrevem o drama diário causado por um vazamento de esgoto no córrego da região. O problema, que já virou "pano de fundo" da rotina local, persiste há semanas e ninguém aguenta mais.
"Parece que alguém esqueceu a torneira do inferno aberta", brinca um morador, sem graça. O fedor, segundo relatos, é tão intenso que invade casas mesmo com janelas fechadas — e olha que estamos no inverno, quando a tendência seria ficar tudo mais abafado.
O que dizem as autoridades?
Até agora, silêncio. Ou quase. A prefeitura alega que está "ciente do caso" (como se o cheiro não fosse prova suficiente) e promete resolver "o mais rápido possível". Só que, para os moradores, "rápido" já deveria ter acontecido ontem.
Enquanto isso, a vida segue — mas com nariz tampado. Crianças evitam brincar perto do córrego, comerciantes reclamam da queda no movimento e até os bichos de estimação parecem incomodados. "Meu cachorro espirra toda vez que passa por lá", conta uma moradora.
Risco à saúde pública?
Médicos da região alertam: além do desconforto óbvio, o vazamento pode trazer problemas sérios. De infecções simples até doenças mais graves, o esgoto a céu aberto é um convite para bactérias e outros microrganismos nada simpáticos.
E não é só isso. O córrego contaminado pode afetar o lençol freático, espalhando o problema para áreas distantes. Um verdadeiro efeito dominó fedorento.
Enquanto a solução não vem, os moradores improvisam: velas aromáticas, incensos e até máscaras com essência de menta viraram itens básicos nas casas da região. Mas todos sabem que isso não passa de um paliativo — e que o problema precisa ser resolvido na raiz.
