
Um estudo recente revelou que as rochas britadas, comumente usadas na construção civil, podem ser uma arma poderosa no combate às mudanças climáticas. A pesquisa mostra que esses materiais têm a capacidade de absorver dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera, um dos principais gases do efeito estufa.
Como funciona o processo?
O segredo está na reação química conhecida como intemperismo acelerado. Quando as rochas são britadas, sua superfície de contato com o ar aumenta drasticamente. Isso permite que minerais como olivina e serpentinita reajam com o CO₂ atmosférico, transformando-o em carbonatos estáveis.
Vantagens da técnica:
- Custo-benefício: Utiliza materiais já amplamente disponíveis na indústria da construção
- Escalabilidade: Pode ser aplicada em grande escala sem infraestrutura complexa
- Sustentabilidade: Não gera resíduos tóxicos e complementa outras soluções ambientais
Potencial de impacto
Estimativas indicam que, se aplicada globalmente, essa técnica poderia remover até 2 bilhões de toneladas de CO₂ anualmente - cerca de 5% das emissões globais. No Brasil, regiões com atividade mineradora poderiam se tornar centros de captura de carbono, alinhando desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Especialistas alertam, porém, que a técnica não substitui a redução de emissões, mas serve como complemento importante no combate às mudanças climáticas. "É como um colete salva-vidas para o planeta enquanto trabalhamos em soluções definitivas", explica um dos pesquisadores.