Rio Negro registra queda histórica: nível baixa 53 cm em julho e preocupa especialistas
Rio Negro baixa 53cm em julho, aponta Porto de Manaus

Parece que o Rio Negro está mesmo decidido a bater recordes este ano — só que do tipo que ninguém quer comemorar. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Porto de Manaus, em julho as águas baixaram 53 centímetros, deixando até os moradores mais antigos coçando a cabeça.

"Isso não é normal, não", comenta um ribeirinho enquanto ajusta o barco na nova margem exposta — agora um tapete de terra rachada onde antes havia água. A medição, feita no dia 31 de julho, mostra o rio a apenas 13,72 metros, quando no mesmo período do ano passado estava quase um metro mais cheio.

O que está por trás dessa seca?

Especialistas apontam três fatores que parecem estar conspirando contra o Negro:

  • Chuvas escassas: Aquele "inverno" amazônico que a gente conhece? Pois é, ele deu uma bela sumida este ano
  • Calorão da pesada: As temperaturas recordes estão evaporando a água mais rápido que cerveja em dia de pagamento
  • Fenômenos climáticos: Aquele tal de El Niño resolveu fazer das suas de novo

E olha que o pior pode estar por vir. "Se continuar assim, agosto vai ser de arrepiar", alerta um técnico do porto, enquanto mostra gráficos que parecem mais um tobogã descendente.

Impactos que já dão o ar da graça

Nas comunidades ribeirinhas, o dia a dia já virou um quebra-cabeça logístico:

- Barcos encalhando onde antes navegavam tranquilamente
- Peixes sumindo junto com a água
- Custo do transporte de mercadorias lá nas alturas

"Tá difícil até pra tomar banho", brinca uma dona de casa, sem conseguir disfarçar a preocupação por trás do sorriso.

Enquanto isso, os meteorologistas ficam de olho nos céus, torcendo — literalmente — por uma mudança no script. Porque se tem uma coisa que todo mundo concorda: o Rio Negro merece voltar a ser o gigante que sempre conhecemos.