
Não é de hoje que a natureza grita por socorro — e, infelizmente, nem sempre alguém escuta. Dessa vez, porém, a Polícia Militar Ambiental agiu rápido. Em Angra dos Reis, uma área equivalente a três campos de futebol foi reduzida a terra arrasada. O cenário? Triste, pra dizer o mínimo.
Segundo os agentes, a região — que antes abrigava espécies nativas da mata atlântica — agora parece um tapete marrom de galhos quebrados e troncos abandonados. "Não foi acidente", afirma um dos policiais, que prefere não se identificar. "Dá pra ver o rastro de máquinas, o corte limpo. Alguém sabia muito bem o que estava fazendo."
Operação surpresa
Por volta das 6h da manhã, enquanto a cidade ainda dormia, os PMs ambientais adentraram a área com apoio de imagens de satélite. A surpresa? Nem tanto. Desmatamento em larga escala não acontece da noite pro dia. Mas a escala do dano impressionou até os mais experientes.
- Área total: ~2,5 hectares
- Espécies afetadas: pau-brasil, ipês, orquídeas raras
- Possível motivação: especulação imobiliária (sim, de novo)
E aqui vai um detalhe que faz a gente coçar a cabeça: a região fica a apenas 15 minutos do centro. Como ninguém viu? Ou será que viram e fingiram não ver?
O que diz a lei
Crime ambiental não é brincadeira — multas podem chegar a R$ 50 mil por hectare. Sem contar a possibilidade de cadeia. Mas vamos combinar: quando foi a última vez que você viu um madeireiro podre de rico atrás das grades?
Enquanto isso, a PM promete "apurar com rigor". A gente torce, mas já sabe como termina essa novela, né? A menos que... Bom, sempre tem um a menos que.
Moradores relatam que ouviam barulho de motosserras há semanas. "Pensamos que era licenciado", disse Dona Maria, 62 anos, enquanto pendurava roupas no varal. Eis o retrato do Brasil: a destruição avança, e a gente acha que é obra autorizada.