
Numa daquelas operações que deixam até o mais calejado fiscal de boca aberta, uma área gigantesca de extração ilegal de madeira virou alvo no noroeste de Mato Grosso. Tudo aconteceu num recanto da Amazônia onde, pasmem, os criminosos montaram uma estrutura digna de filme — mas do tipo que ninguém quer ver.
O tamanho do estrago
Dá pra acreditar que os caras conseguiram derrubar o equivalente a 200 campos de futebol? Pois é. Enquanto você lê isso, imagina o Maracanã. Agora multiplica por duzentos. Foi basicamente isso que encontraram os agentes do Ibama e da Polícia Federal durante a operação.
Detalhe macabro: as árvores centenárias — algumas com mais de 30 metros de altura — foram abatidas como se fossem palitos de dente. "Parecia um cenário pós-guerra", confessou um dos fiscais, ainda abalado.
Como funcionava o esquema
- Madeireiros usavam GPS adulterado para burlar fiscalização
- Caminhões falsificavam documentos de transporte
- Serras industriais funcionavam 24h por dia
- Árvores eram marcadas com códigos secretos
O mais impressionante? O nível de organização. Tinha até alojamento pros trabalhadores — tudo no meio do mato, longe dos olhos da lei. Mas como diz o ditado, por mais que a mentira tenha pernas curtas, a ganância faz os caras se acharem imbatíveis.
Reação das autoridades
Quando a equipe de fiscalização chegou, de helicóptero e tudo, o que viram não foi bonito. "Dava pra sentir o cheiro da madeira fresca cortada a quilômetros de distância", relatou uma agente ambiental que pediu pra não ser identificada.
Foram apreendidos:
- 15 tratores de esteira
- 8 caminhões basculantes
- 22 motosserras industriais
- Mais de 3 mil toras de madeira nobre
E olha só a cara de pau: alguns equipamentos tinham até logomarcas de empresas fantasmas. "Parecia um negócio legalizado, mas era tudo fachada", explicou o coordenador da operação, visivelmente irritado.
E agora?
O Ministério Público já abriu inquérito, mas aqui vai um palpite: dificilmente vamos ver os verdadeiros mandantes atrás das grades. Enquanto isso, a natureza paga o pato — e como paga.
Moradores da região contam que o barulho das motosserras era constante. "Parecia um formigueiro humano destruindo a floresta", desabafou um ribeirinho que preferiu não se identificar com medo de represálias.
Uma pergunta que não quer calar: até quando vamos tratar a Amazônia como terra de ninguém? Fica o questionamento — e a operação que mostrou mais um capítulo triste dessa história sem fim.