Não é exagero dizer que a natureza está gritando por socorro na Zona Oise do Rio. E o cenário é, francamente, desolador. Quem passa pela região da Baixada de Jacarepaguá se depara com uma montanha de resíduos que teima em crescer — e avançar sobre os manguezais. São móveis velhos, plásticos, entulho... uma miscelânea do pior do consumo humano sufocando um ecossistema vital.
O problema, sabem os moradores mais antigos, não é novo. Mas a escala atual assusta. "É um desrespeito que dói na alma", comenta um pescador local, que prefere não se identificar. "A gente vê o peixe sumir, o mangue definhar. E aí?"
Além da Poluição Visual: Um Risco Concreto à Biodiversidade
O impacto vai muito além da feiura. Os mangues são berçários naturais para inúmeras espécies marinhas, filtram impurezas da água e são uma barreira natural contra erosões e ressacas. Soterrados pelo lixo, essa função simplesmente desaparece. A médio prazo, a conta é salgada: prejuízos à fauna, à qualidade da água e até ao microclima local.
E olha, a situação é tão crítica que órgãos ambientais já foram acionados. A SEA — Secretaria Estadual do Ambiente — confirmou estar a par do caso e diz que está apurando as origens do descarte irregular. Mas, entre nós? A sensação é de que a resposta precisa ser mais ágil. Muito mais.
E Agora? As Possíveis Soluções em Jogo
Enquanto a máquina pública se mexe, a pergunta que fica é: o que pode ser feito? Alguns especialistas defendem uma ação urgente de limpeza, seguida da instalação de barreiras físicas que impeçam novos descartes. Outros cobram mais fiscalização — e punição exemplar para quem polui.
Uma coisa é certa: sem conscientização e ação coordenada, o problema vai se repetir. E aí, meu amigo, pode ser que um dia não tenha mais mangue pra salvar. Que pensamento assustador, não?
