
A leucena, uma árvore originária do México que foi introduzida no Brasil para servir como alimento para o gado, tornou-se uma ameaça ambiental em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. A espécie, conhecida cientificamente como Leucaena leucocephala, será alvo de um plano de erradicação devido ao seu caráter invasor e aos danos que causa ao ecossistema local.
Por que a leucena é um problema?
A árvore, que se espalhou rapidamente pela cidade, compete com espécies nativas por recursos como água e nutrientes do solo. Além disso, sua capacidade de proliferação é impressionante: uma única planta pode produzir milhares de sementes que permanecem viáveis no solo por anos.
Impactos ambientais:
- Redução da biodiversidade nativa
- Alteração da composição do solo
- Risco de desertificação em áreas invadidas
- Dificuldade de regeneração da vegetação original
O plano de erradicação
As autoridades ambientais de Campo Grande estão desenvolvendo um projeto para remover as leucenas de áreas públicas e conscientizar a população sobre os riscos da espécie. A ação inclui:
- Mapeamento das áreas mais afetadas
- Remoção mecânica das árvores adultas
- Controle químico para evitar rebrotas
- Replantio com espécies nativas
Importante: A população é orientada a não plantar leucena em propriedades particulares e a substituir exemplares existentes por espécies locais adequadas.
Histórico da leucena no Brasil
A espécie foi trazida para o país na década de 1960 como alternativa para alimentação animal, principalmente por seu alto teor proteico. No entanto, a falta de predadores naturais no Brasil permitiu que se tornasse uma praga ambiental, especialmente no Cerrado e no Pantanal.
Em Campo Grande, a leucena encontrou condições ideais para se proliferar, transformando-se em um desafio para a preservação do bioma local. A erradicação controlada é vista como a única solução para evitar danos maiores ao meio ambiente.