
Uma pesquisa inovadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) está utilizando larvas de besouro para decompor materiais como isopor e plásticos, abrindo novas possibilidades para a reciclagem e o combate à poluição ambiental.
Como funciona a descoberta?
Os cientistas identificaram que as larvas do besouro Zophobas morio possuem enzimas capazes de quebrar as moléculas de poliestireno — material usado na produção de isopor e alguns tipos de plástico. Em condições controladas, esses insetos conseguem transformar resíduos difíceis de reciclar em compostos menos prejudiciais ao meio ambiente.
Impacto ambiental
O estudo, liderado por pesquisadores do Instituto de Biociências da Unesp, pode revolucionar o tratamento de resíduos sólidos urbanos. Atualmente, o isopor e certos plásticos levam décadas para se decompor na natureza, contaminando solos e oceanos.
Vantagens da técnica:
- Processo natural: Não utiliza produtos químicos agressivos
- Baixo custo: As larvas são fáceis de cultivar em laboratório
- Solução sustentável: Reduz a dependência de aterros sanitários
Próximos passos da pesquisa
Os pesquisadores agora trabalham para identificar e isolar as enzimas específicas responsáveis pela degradação do plástico. O objetivo é desenvolver um método industrial que possa ser aplicado em larga escala, sem a necessidade de usar as larvas vivas.
"Estamos diante de uma solução promissora para um dos maiores desafios ambientais da atualidade", afirmou um dos coordenadores do estudo. A equipe espera que a tecnologia possa estar disponível para aplicação prática nos próximos cinco anos.