Quem diria, hein? O Pantanal, aquele gigante alagado que todo ano vira notícia pelas queimadas, está dando um respiro — e dos bons! Segundo os últimos dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os focos de incêndio despencaram. E não foi pouco: quase 100% a menos comparado ao mesmo período do ano passado.
Parece milagre, mas tem explicação — e várias. Primeiro, aquele temporal que caiu no Mato Grosso do Sul no começo do mês ajudou (e muito). A terra, antes seca como biscoito, agora está encharcada. Nem o fogo mais teimoso resiste a tanta água.
Números que impressionam
Olha só que diferença: em julho de 2024, os satélites detectaram mais de 1.200 focos. Agora? Menos de 20. É como comparar um estádio lotado com uma reunião de família pequena. Os técnicos do INPE quase esfregaram os olhos quando viram os dados — coisa rara nessa época do ano, quando tradicionalmente a seca castiga a região.
Mas calma lá, não é só a chuva que merece crédito. O pessoal do Prevfogo (aquele grupo de heróis que combate incêndios florestais) tá trabalhando que nem formiguinha. Desde maio, eles já fizeram:
- 47 operações preventivas
- Treinamento de brigadistas em 12 municípios
- Monitoramento 24 horas por satélite
E sabe o que é mais legal? Os fazendeiros da região finalmente entraram na dança. Depois de anos levando bronca (e multa), muitos adotaram técnicas mais sustentáveis. Trocaram a queimada pelo triturador mecânico — menos fumaça, mais resultado.
E agora, o que esperar?
Os meteorologistas avisam: não dá pra cantar vitória ainda. Agosto e setembro são os meses críticos, quando o ar fica tão seco que parece que alguém esqueceu o desumidificador ligado no máximo. Mas se a chuva continuar dando as caras — mesmo que de vez em quando —, 2025 pode entrar para a história como o ano em que o Pantanal respirou aliviado.
Ah, e tem um detalhe curioso: os bichos agradecem. Com menos fumaça, os guias de turismo já relatam mais avistamentos de araras-azuis, jacarés e até aquelas onças-pintadas que todo turista sonha em fotografar. Quem diria que proteger a natureza poderia ser tão bom... até para o bolso do pessoal do ecoturismo?
