Parece uma guerra sem tréguas essa que o sertão paraibano está travando contra o fogo. Já são cinco longos dias de uma batalha dura, cansativa, onde a terra parece gritar de dor sob as chamas. E o pior? Logo quando achávamos que a coisa estava controlada... surgem novos focos. É de cortar o coração.
Os bombeiros, heróis anônimos dessa história toda, trabalham num ritmo frenético — e olha que não é pouco. Eles conseguiram, sim, dominar as chamas principais depois de uma operação que exigiu suor e estratégia. Mas aí, como se o fogo tivesse vontade própria, ressurgiu em outros pontos. Uma frustração danada, pra ser sincero.
Uma luta contra o imprevisível
O vento é um vilão nessa história. Ele muda de direção sem avisar e carrega as faíscas pra longe, criando novos pontos de incêndio onde a vegetação está seca, esperando uma chance pra virar pó. Os brigadistas correm de um lado pro outro, mas é como enxugar gelo: mal apagam um foco, outro aparece do nada.
E não é só o mato que queima. A vida selvagem sofre, os animais fogem desesperados, e a fumaça escura cobre o céu, tornando o ar pesado, difícil de respirar. Quem mora por perto sabe... o cheiro de queimado impregna tudo, e o medo vira um companheiro constante.
E agora, o que esperar?
As autoridades ambientais seguem monitorando a situação, mas a sensação é de que a natureza está dando uma resposta dura à interferência humana. Clima seco, calor intenso, vegetação ressecada — uma combinação perigosa, que vira combustível pra tragédia.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: será que vamos aprender a lidar melhor com esses eventos, cada vez mais frequentes? Ou vamos continuar nesse ciclo de apagar fogo e torcer pra que não recomece? A realidade do sertão é cruel, mas a resistência de quem luta contra as chamas é admirável.
Que venham as chuvas. E que venham logo.
