Parecia mais um sábado tranquilo em Cerquilho, mas o cheiro de fumaça no ar rapidamente estragou a paz. Lá pelas tantas da tarde, por volta das 16h, um alerta mudou tudo: um foco de incêndio, teimoso e crescente, tomava conta de uma área de mata na Rua dos Ipês, no Jardim Planalto. Não era brincadeira.
Quem viu de perto conta que as chamas já lambiam uma área considerável quando a primeira viatura do Corpo de Bombeiros chegou. Dois caminhões, para ser mais exato, e uma equipe determinada a não deixar a situação fugir do controle. O vento, é claro, resolveu ajudar – mas para piorar tudo, espalhando o fogo com uma velocidade que dava medo.
E o pior? A região é cheia de vegetação nativa, daquelas que a gente sabe que é importante preservar. Árvores, arbustos, animais pequenos… Tudo ameaçado em questão de minutos. Os bombeiros, heróis de sempre, não mediram esforços. Trabalharam com abnegação – mangueiras, pás, abafadores – tudo para dominar o fogo antes que alcançasse propriedades rurais ou residenciais próximas.
Mas como será que começou?
Essa é a pergunta que não quer calar. Até agora, as causas são um mistério. Pode ter sido uma bituca de cigarro mal-apagada, uma queimada irregular que deu errado – ou quem sabe até uma faísca de algum equipamento. A verdade é que ninguém sabe ao certo. A Polícia Milital Ambiental já foi acionada e deve abrir uma investigação. Alguém vai ter que responder por isso, não é?
Moradores da região ficaram assustados. Dona Maria, que preferiu não dar o sobrenome, disse que nunca tinha visto nada parecido. “Fiquei com medo de verdade. O fogo parecia vir na direção da minha casa”, contou, ainda abalada. Felizmente, até o momento, não há registros de feridos ou de casas atingidas. Só o prejuízo ambiental, que é grande – e deixa a gente pensando.
Às 19h, o fogo já estava controlado. Mas o trabalho continuava. Os bombeiros permaneciam no local fazendo o rescalho – aquela varredura final para apagar qualquer fagulha que ainda pudesse reacender a confusão. Ninguém queria surpresas durante a madrugada.
Incidentes como esse servem de alerta. No tempo seco, qualquer faísca vira ameaça. Cuidado redobrado com fogueiras, cigarros ou qualquer material que possa gerar calor. A natureza agradece – e os bombeiros também.
